sexta-feira, 22 de novembro de 2013

VICENTE JOSÉ DE BARCELLOS E FRANCISCA MARIA DE JESUS

Filhos de Vicente José de Barcellos e de Francisca Maria de Jesus:


F.1-Manuel José de Barcellos cc. Maria Francisca de Barcellos
F.2- Francisca Luíza de Barcellos cc. Luíz Nunes Barcellos
F.3- Rosa Maria da Conceição cc. Simplicio de Tal
F.4- Maria Luíza de Barcellos cc. Justino Machado da Rocha
F.5- Vicente Jose de Barcellos Junior cc. Maria Lucia da Silva Barcellos
F.6- Francisco Antônio Barcellos cc. Generosa Barcellos
F.7- Ricardo Jose de Barcellos cc. Alexandrina Antunes Pacheco Barcellos
F.8- Manuel Luíz de Barcellos cc. Maria Isidora de Barcellos
F.9- Semiano José de Barcellos (1841)
F.10- Antônio José de Barcellos




Segundo as  Informações  recebidas de Vinicius de Oliveira Godoy, na Habilitação de casamento do Vicente Jose de Barcellos com a Francisca, transcrita por ele,  mostra que o Vicente era cunhado da Francisca, pois era viúvo de Ana Felícia, irmã dela,   com quem  teve 8 filhos,ele alega querer casar com a Francisca, mesmo sendo  sua cunhada, pois existia amor entre ambos e, também  para que  o ajudasse na criação dos  filhos, sobrinhos dela. Com Francisca teve, pelo menos, mais 10 filhos, que estavam vivos, no inventário da mesma, como se ve na descrição acima.

Habilitação de casamento de  Francisca e Vicente Barcellos

"Dizem os Oradores Vicente José de Barcellos
viuvo de Anna Felicia de Jesus, morador
no Distrito da Freguesia de Nossa
Senhora da Conceição do Arroio e
Francisca Maria de Jesus, natural da freguesia
de Viamão desta Capitania que eles estão
justos e contratados para casarem mas o não
podem fazer sem serem dispensados no
impedimento de afinidade de primeiro grau
por linha transversa por copula licita
em que estão ligados porque Anna Felicia
de Jesus foi irmã legitima da Oradora
por serem filhas legitimas de Manoel
José Goulart e de Maria da Conceição
de Jesus; e com Anna Felicia de Jesus
foi casado o Orador e daqui vem o
impedimento supra exposto.

Que os oradores não tem tido cópula carnal
pela misericórdia de Deos, mas entre eles
há um amor grande pelo qual se
ajuntaram em casar-se e é público
em toda a Freguesia da Oradora este
casamento por cuja causa tem a Oradora
perdido a sua reputação, em não
casar-se com a Oradora certamente não

encontratá outro marido e ficará inepta
e exposta às misérias do mundo.

Que o Orador do primeiro casamento teve oito filhos
o mais velho anda em onze anos e o mais novo
dois meses e meio e por causa dos mesmos
se lhe faz preciso casar-se com a Oradora
sua tia para melhor as amparar e criar
tanto aos mais velhos como aos inocentes
que tanto necessitam de abrigo.

Que os oradores são pessoas pobres
porque o Orador vive de  seu braço
na sua lavoura e possuira de setecentos a
oitocentos mil réis, mais tem os filhos já
decladaros, e a Oradora também muito pobre porque seus
Pais vive de suas lavouras e possuirá de bens um
conto de réis mais ou menos mas tem treze filhos todos
herdeiros, porem o Orador tem muita agilidade para adquirir
com que possa muito bem sustentar o estado que pretende.

Que a oradora nunca foi raptada pelo Orador, antes vive
cristamente em casa de seus pais como deve e é obrigada.

(...)
Lhes imponho as penitências seguintes:
sirvam os Oradores a sua Matriz sessenta
dias varrendo-a e fazendo o mais que lhes
ordenar o Reverendo Paroco em benefício
da mesma. Confessem-se e comunguem uma
vez, assistam a três missas conventuais com
velas acesas que deixarão para a fábrica, rezem
oitenta rosários, ouçam vinte missas,
façam dez estações e outros santos jejuns
ordinários e tudo ofereçam a Deus Nosso Senhor
em sufrágio das Almas do Purgatório."



A última vontade de Francisca , que aparece em seu inventário, foi que três escravos fossem alforriados, de nomes: Felisbino, com 40 anos, Magdalena, com 60 anos, Benedicta, com 60 anos. O inventariante consultou os demais herdeiros e fez valer a vontade da mãe. 

Na descrição dos bens , as terras que possuiam faziam limites, dentre outros, com Jacinto de Souza Rocha, diz o inventário que ficavam na Faxina, também fazem menção a um outro local denominado Várzea dos Pantalões.
O  monte-mor avaliado totalizou: 44:001$700, na divisão cada herdeiro ficou com o equivalente a 4:400$170




Fontes:
*Inventário de Francisca Maria de Jesus, processo nº:340, maço:20- 2º Cartório de Orfãos- Porto Alegre- 1867- Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul.
* Informações de Vinicius de Oliveira Godoy

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